sexta-feira, 4 de junho de 2010

VOCÊ NÃO DISFARÇA... (ato 2)

Sempre achei que se fosse pra se apaixonar, teríamos motivos o bastante:

- Ei, Alma, como é amar de verdade?

- De verdade? Existe isso?

- Desse jeito: firmando contrato em cartório, morando junto, dividindo contas...
Tu sabes do que falo!

- Simples, o amor é uma construção social.

- CONTRATO social...?

- CONSTRUÇÃO!!!

- Ei, negão, essa frase é do Bóto.
Hahahahahahaha...
Mas acho que preciso me apaixonar às vezes;
sabe como é: ficar de chamego, enroscadinho no quentinho...

- Que nada Henrique, tu quer comer todo mundo.
Hehehehehe...

- Porra, Almir, tô falando sério!
É a física da atração dos corpos.
É a força eletromotriz genital.
Existem grandezas que precisam de direção e sentido, cara...

- Lá vem tu com teus vetores...

- Tu sabe que eu tenho medo de me envolver, né?

- Também, qué comê o mundo todo!

- PORRA, Almir...

- As fêmeas são como feministas em época de guerra:
Depois que casam dominam tudo!

- Será essa nossa sorte?

- Oxe, espere só até se casar.

- Ou se amigar...

- Ou desquitar...

- Ou separar...

- Ou física e física e física...

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