terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

PEQUENA FUGA PERIPATÉTICA

Situação: Dois garotos num carro, trajeto Olinda-Recife, com alguma metafísica na cabeça e algunas otras cosas...:

Aganízio se encontrava bêbado e desmaiado, dentro de um Fusca 68, quando numa curva muito arrochada, ouve um grito de rasgar de pneus.... ririririririirririririirirrr...

- Que porra foi isso? (pergunta Nízio semidoido)

Dedomiro Cabeça de Véia (esse vulgo, ele ganhou, depois de “fazer a cabeça” de várias senhoras a depositarem grana em uma conta da Igreja Russo-Náutico-Sulamericana que ele desenvolvera) responde:

- Passamos valendo numa BLITZ e os caras tão atrás da gente! (fala gritando).

- Atrás do cão! Eu mermo tava durmindo!Para essa porra que vou vomitar! (fala abrindo o vidro).

- Vomita lá em casa, Besta Fera, agora tá foda... (chamavam-no de Monstro, mas Besta Fera cabia-lhe às vezes).

- Putz, detesto isso, Miriane vai ficar PUTZ comigo... Deve tá pensando que tô muito doido por aí!

- Mas tu tá muito doido, Buchão! (chamavam ele disso também; nunca de Duchamp).

- Sim, mas não sou eu correndo dos homes... (fala Agá com pouco riso). Além do mais, não tem porra nenhuma atrás do carro; só postes!

- A dor da partida é quase como um sentimento de culpa. (reflete Dedô de forma inabalável).

- Sei como é isso... (fala Aganízio em sua lombra). Sabe quando você deixa a criança brincando no parquinho? E ela volta com o sorriso amarronzado de cocô? Comeu merda e não admite!

- Sei sim, vivi isso agora a pouco no mestrado!

- Então vaza, vaza... puxa pra casa de Dedomirinho.

- Eita, porra! Dedomirinho sou eu!

- Então segue que a mãe dele, ou melhor, tua mãe, vai botar um belo rango pra gente!