terça-feira, 11 de maio de 2010

CINEMA SOZINHO


“Um épico sobre uma coisa absolutamente banal. Uma ida ao cinema.”
(Azambuja)

Ontem, eu fui ao cinema sozinho. (Na ocasião me lembrei do meu amigo Maurício Targino e seu curta-metragem homônimo a esse texto.). Engraçado como isso, há algum um tempo, para mim, seria quase inadmissível. Mas não agora...

Percebi, então, que nessa nova fase de minha vida tenho feito vários programas, relativamente, sozinho (é que é difícil ficar completamente só – mesmo querendo – em todos eles...). E o que é mais impressionante: tenho saído sozinho sem se quer me dar conta! Sem se aperceber disso!

Tenho viajado sozinho! Ido a shows, peças, bares, festas e etc., tudo solitariamente; pelo menos na ida, ou seja, na disposição de sair de casa e encarar o mundo-cão sem necessariamente saber se vai encontrar alguma companhia que valha... A gigantesca sensação de liberdade que me toma me deixa estupefato.

Não sei se me tornei um sujeito mais maduro com minha individualidade ou se mais desconfiado com as pessoas ao meu redor! De qualquer forma, sempre gostei de observar e analisar o comportamento humano a certa distância; coisa que se torna naturalmente impossível com determinadas parcerias obtusas...

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3 comentários:

Viviane Menezes disse...

Eu estou desconfiada mesmo, respondendo a sua dúvida. Mas estou aprendendo novamente a ser sozinha, a cada dia. Belo texto, monstro!

lahoraesahora disse...

Nascemos sós... Aquele que não sabe ser só, não passa de um escravo...

Dodô Fonseca disse...

Monstrengo, te vejo toda semana nos bares da cidade. Gosto de tu, carai!