quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O RETORNO DE JEDI

Comumente as pessoas me perguntam sobre minha banda. Se ela ainda existe... Se vai sair do coma... Se vai haver show algum dia... Se é possível o retorno dos rapazes do Le Bustier... E por aí vai...

Manter uma banda é como manter uma amizade ou um relacionamento, exige sacrifício! Ambas as partes precisam estar de acordo em quase tudo e é extremamente necessário que pelo menos uma das partes insista em continuar o processo que as une.

Manter uma banda é como estudar e trabalhar ao mesmo tempo, exige disciplina! Já vi muita gente se queixando da vida por não ter completado os estudos, pois tinha que trampar para sobreviver. E já vi casos de sujeitos que tramparam a vida toda e mesmo assim se formaram e, em alguns deles, até se pós-graduaram.

Manter uma banda com a tola pretensão de que um dia vai ser absorvido pela indústria cultural e entrar de cabeça no mainstream, a meu ver é bobagem; é um pensamento menor, pequeno-burguês até. É por conta desse tipo de pensamento que muitas vezes vemos bandinhas medíocres fazendo sucesso.

É óbvio e ululante que o artista quer viver de sua arte (eu também quero), mas qualquer atividade artística que o sujeito se proponha a desempenhar tem que ser primeiramente espiritual. Espiritual no sentido de engrandecimento pessoal, de extravasamento da Psique, de aplicação da Ânima existente em nós! É preciso o mínimo de sentimento de Catarse!

Enfim, é preciso que a EGOLOMBRA de cada um seja autêntica e sincera...

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Um comentário:

Raphiro disse...

Meu velho, não lembro como vim parar no teu blog, mas to lendo tudo e achando muito massa. Tenho também uma banda, chamada Nuda, e a gente pensa exatamente isso que você escreveu nesse post. Achei tão massa que to tomando a liberdade de republicá-lo no blog da banda (turnedanuda.blogspot.com) com os devidos créditos e link. Abraço e obrigado pelas palavras.