quarta-feira, 30 de abril de 2008

DA PÓS-CONTEMPORANEIDADE (ou guia prático-sócio-filosófico pela superação do Homem genérico)

O Homem Pré-Histórico não é mais enigma para nós. As especulações teóricas a respeito dessa fase da História Humana só nos trás um grandioso sentimento zoológico e etológico a respeito de nossa glória animal. Bem, se somos bichos, o que não é Natureza, então?

Não precisamos mais dos Gregos Antigos. Não devamos mais querer ser como eles. Embora sua contribuição para a Humanidade talvez não venha a se esgotar nunca, (foi uma boa Época para nós – foi...)!

A Idade Média deveria ser execrada e esquecida para sempre, porém, ainda lembraremos dela como um bêbado que no dia seguinte à bebedeira sofre com imensa ressaca moral...

Toda gigantesca Cultura Oriental é realmente muito bela e sábia, mas seu misticismo deve se esvair junto com sua metafísica de deuses que transcendem a própria Natureza Humana. Já temos Mitos por demais em toda parte...

O Homem Moderno não é tão moderno assim, não totalmente! Mas a sua parte moderna já precisa ser superada... Assim como a parte primitiva da Sociedade Moderna – atrasada, miserável, desumanizada, estupidificada – fatalmente murchará em uma ou duas ou três gerações; ou então deverá ser extirpada do nosso corpo como um cisto canceroso.

Falo aqui da Humanidade como um Ser só. A Espécie é um único e coletivo Ser, individual e múltiplo; somente um, em vários.

O Moderno, o Pós-moderno, o Hipermoderno, que agora jazem Contemporâneos, já fizeram sofregamente sua parte e mesmo assim o mundo não necessita mais de nenhum deles. Chega de escrúpulos e apegos e respeito ao passado, engulamos o passado. O Homem atual deve superar o homem Atual. Deve trazer consigo toda História Humana para defecá-la e ultrapassá-la: ser Contemporâneo não basta – nunca bastou!

A Espécie precisa transcender o próprio Ser entre seus Seres. O Homem (essencial e existencial) precisa querer ser O Agora Pós-Contemporâneo! É preciso sempre buscar a dianteira no fluxo da História...

Superar a Época não é fácil, nem simples, nem comum, por isso, estar à frente do próprio Tempo é uma característica indubitável de genialidade e autenticidade; traço esse impossível aos medíocres. Aliás, não se tornar medíocre é fundamental: a mediocridade deve perecer urgentemente.

Seres assim – além da Época em que se vive – surgem com relativa freqüência na História Natural do Homem, casos esparsos são percebidos e relatados. Com isso poderíamos julgar que se faz necessária a produção em massa desses seres, mas cairíamos num engano fatal para o equilíbrio de nossa evolução enquanto processo Histórico transcendente. O que precisamos é aumentar o grau de percepção desses Seres pela média/maioria da população!

Talvez só assim essas Entidades alavancariam a evolução da Espécie... Esses Entes elevados podem transformar o Espírito Humano, guiando nosso processo evolutivo por dentro do caos dançante em que nos encontramos e levando toda Espécie Humana direto ao seio da Natureza da Pós-Contemporaneidade; lugar onde todos os grandes Avatares da Humanidade já se encontram...

6 comentários:

lahoraesahora disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

"A Espécie precisa transcender o próprio Ser entre seus Seres"

e

"O que precisamos é aumentar o grau de percepção desses Seres pela média/maioria da população!"

A princípio tais sentenças num mesmo contexto parecem contradizer uma a outra. Na primeira, é como se quisesse dizer que "O Homem" deve superar "um homem" (gostaria de ter utilizado a fonte em itálico aqui). Na segunda, entretanto, alguns Entes, enquanto exemplo para a média/maioria da população, seriam o cerne do processo e, portanto, seria indispensável a colaboração desses Seres Genéricos na Transformação do Espírito Humano (mesmo porque é o Homem Genérico que se quer superar).

O que de imediato soou como duas coisas excludentes, terminou por me revelar um aspecto fascinante: reconhecer NO OUTRO a sua/minha capacidade de superação condiz perfeitamente com a idéia transcendência dA Espécie.

Beijos!

lahoraesahora disse...

Cometi um erro gravíssimo,falava da frase ( que achei brilhante)em que contrastavam HOMEM atual, com homem ATUAL.Havia escrito "natural", ia desconstruir tudo... ai, ai...
Mas é isso mesmo, a massa/maioria/mediana evoluindo... até que se modifique o inconsciente coletivo - teremos nossos velhos arquétipos, lógico, porém podemos reinterpretá-los.
Bem escrito o texto, conciso, lúcido.
A lição sabemos de cor, só nos resta aprender...

Anônimo disse...

O caminho do meio é sempre mais próximo do nulo, do zero ontológico; talvez por ele ser o mais comedido dentro das éticas, instrumentalizações sociais, religiosas e filosóficas. É sempre a mesma receita de bolo que dá certo, mas nem sempre é a melhor ou a mais gostosa. O homem contemporâneo, na medida em que se aproxima do conceito "medíocre", criado pela sua própria espécie, se encaixa dentro de uma lógica relativa ao processo histórico de estaginação. Talvez pela falta de desafios maiores do que seguir parâmetros pré-estabelecidos e gozar de uma vida sem problemas. Nietzsche, David Hume, Copérnico, e tantos outros desdenham dessa lógica instrumental e se aproximam mais da lógica da arte, onde o que vale é a adequação e não a verdade dogmática. Só acho que a Idade Média, como foi colocado, é antes uma hermeneutica histórica, na medida em que os àrabes são os grandes agentes dessa fase - traduzindo os grandes como Aristóteles, Platão, até Plotino, diretamente do grego, fonte da qual os escolásticos e patrísticos beberam, e estes sim, nos deixaram com ressaca. É como um drink mal preparado: a culpa não é da cana, mas do filho da puta do barman.

lahoraesahora disse...

Mas a idéia de que existe uma casta portadora do conhecimento, que sabe exatamente o que é bom para a massa "medíocre" , não é uma coisa meio estagnada, não??? Tipo - séc.XIX e XX ???
Ah, é... mas a humanidade vai evoluir assim - uns poucos - autodenominados "não medíocres, evoluídos, sábios, etc, etc, etc", fazem a revolução, catequizando , para que sejam salvas essas pobres almas - desde que não se tenham que misturar demais... aristocracia é aristocracia...Ai ai, isso pra mim se chama masturbação!

braz disse...

gostei muito do tentos e a tempos tenho discutido e negado o termo pos-modernidade por pos contemporaniedade que é o nosso momento histórico parabens