sexta-feira, 28 de maio de 2010

NÃO É ENGRAÇADO... (ato 1)

Sempre achei que se fosse pra rir, teria motivos por demais:

- Ô Liberal, me diz, por que as fêmeas são assim?

- Assim? Assim como?

- Assim.
Como nossas mães! Ou irmãs... ou primas... ou rimas...

- Ah, não sei. Não entendi;

- Não entenda, perceba:
A química nunca falha!

- Hehehehehehehe...
E os hormônios, são engraçados, né?
Glândulas que fabricam proteínas e enzimas...
E todo suor frio, e tremor nas bases e vontade de ler Schopenhauer...
É mais fácil comer um esquimó.

- E tens química com esses?
Achei até que preferias as negras...
Embora tenha percebido que foges de qualquer atrito.
Por que foges?
Gostas delas como?

- Gosto delas peladas...
Sem ter porquê nem pra quê!
Aristocrata, meu velho, aristocrata.

- E elas adoram os aristocratas...

- As fêmeas são como psicólogas sem nexo:
Dão sempre, pra qualquer imbecil.

- E essa é nossa sorte!!!

- Hum, espere só até ter um filho.

- Ou filha;

- Ou vire mulher.

- Ou homem;

- Ou química e química e química...


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terça-feira, 11 de maio de 2010

CINEMA SOZINHO


“Um épico sobre uma coisa absolutamente banal. Uma ida ao cinema.”
(Azambuja)

Ontem, eu fui ao cinema sozinho. (Na ocasião me lembrei do meu amigo Maurício Targino e seu curta-metragem homônimo a esse texto.). Engraçado como isso, há algum um tempo, para mim, seria quase inadmissível. Mas não agora...

Percebi, então, que nessa nova fase de minha vida tenho feito vários programas, relativamente, sozinho (é que é difícil ficar completamente só – mesmo querendo – em todos eles...). E o que é mais impressionante: tenho saído sozinho sem se quer me dar conta! Sem se aperceber disso!

Tenho viajado sozinho! Ido a shows, peças, bares, festas e etc., tudo solitariamente; pelo menos na ida, ou seja, na disposição de sair de casa e encarar o mundo-cão sem necessariamente saber se vai encontrar alguma companhia que valha... A gigantesca sensação de liberdade que me toma me deixa estupefato.

Não sei se me tornei um sujeito mais maduro com minha individualidade ou se mais desconfiado com as pessoas ao meu redor! De qualquer forma, sempre gostei de observar e analisar o comportamento humano a certa distância; coisa que se torna naturalmente impossível com determinadas parcerias obtusas...

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